LIVRO DE SOBREVIVENTE DO HOLOCAUSTO É UMA LIÇÃO SOBRE NOSSA PRÓPRIA MENTE
Editora Caroline Garske indica o livro "A Bailarina de Auschwitz", de Edith Eva Eger, na seção "O que Estou Lendo"
Quando tinha 16 anos, a bailarina e ginasta húngara Edith Eva Eger foi excluída da turma de atletas olímpicos por ser judia. Esse era apenas o início de uma série de violências físicas e psicológicas às quais a jovem, suas duas irmãs e seus pais foram submetidos.
Depois, a menina ainda viveria o trabalho forçado em uma fábrica de tijolos, a fome no principal campo de extermínio construído pela Alemanha nazista, até ser encontrada por soldados americanos em uma pilha de cadáveres e pessoas quase mortas.
É essa história de sobrevivência que é contada em A Bailarina de Auschwitz, de Edith Eva Eger. Diferente de outros títulos que abordam o terror do holocausto, este traz um relato vivo e extremamente visível aos olhos: é fácil enxergar os momentos pelos quais Edith passou devido à narrativa clara e inquietante.
Além disso, aborda não somente o que a bailarina presenciou enquanto prisioneira do exército de Hitler, mas também o que a encontrou no pós-guerra: o preconceito que persistiu, o trauma que continuou, a depressão, e a culpa por estar viva enquanto outros milhões — inclusive familiares — não tiveram a mesma sorte.
Edith formou-se psicóloga e hoje é uma referência no tratamento do transtorno de estresse pós-traumático. Com a experiência pessoal e profissional da autora, mais que um relato da Segunda Guerra Mundial, A Bailarina de Auschwitz é uma lição sobre a nossa própria mente, sobre perdão e resistência.
"A Bailarina de Auschwitz", de Edith Eva Eger
Fonte: Zero Hora/Caroline Garske em 12/09/2025