ENCANTANDO GERAÇÕES, A HISTÓRIA DO PEQUENO PRÍNCIPE GANHA MONTAGEM E NOVO LIVRO / CLÁSSICO
Nordeste e Sul do Brasil estão vivendo momentos intensos com as aventuras do Pequeno Príncipe, da obra original do escritor, ilustrador e aviador francês Antoine de Saint-Exupéry. Neste sábado (em 4 de junho) no Teatro Feevale, o público pode conferir a montagem de “O Pequeno Príncipe”, com direção do argentino Néstor Monasterio. Com outra apresentação amanhã, domingo, a montagem se inspira na obra literária que é uma das mais vendidas no mundo. Em cena, o trabalho ganha um novo olhar teatral desconstruído e humanizado sobre a solidão de quem se sente só nesse ou em outro planeta. “Eis o meu segredo: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos”. Essa é a história de um Pequeno Príncipe, uma rosa única e uma sábia raposa. Cativados pelas relações de afeto que os unem, estes personagens fazem refletir sobre o encantamento de estar entregue aos sentidos e às relações.
Cativando o mundo todo, a obra de Saint-Exupéry vem atingindo gerações de crianças, jovens e adultos. São mais de 70 anos viajando pelo imaginário de homens e mulheres, abordando as dores do mundo e dos seres humanos. Adaptada a gerações, culturas e diferentes perspectivas, a história – que integra a lista de obras mais traduzidas da literatura – pode ser sentida de diferentes formas toda vez que é recontada.
Por isso também, a Editora Carpe Diem, de Recife, Pernambuco, colocou no mercado literário o trabalho de Josué Lima, com ilustrações de Vladimir Barros, em “O Pequeno Príncipe em Cordel”. Ousada e criativa, a obra literária produz o encontro do personagem criado por Saint-Exupéry com a temática sertaneja, realizado de forma “mansa como as águas de um riacho, tão escasso nas terras que insistem em revelar suas rugas”, como explica Claudia Gomes na apresentação do trabalho, em suas primeiras páginas.
Mantendo fidelidade com o enredo original, a trama do Pequeno Príncipe de Limeira, com traço de Barros, se desenrola com roupagem atual, singular e comovente. Os capítulos se sucedem, marcando os vários lugares e momentos em que os olhares e as percepções afetivas do jovem personagem acontecem.
Ilustrado com criatividade e talento, o livro apresenta, por meio de versos e rimas, as aventuras do pequeno menino de cabelos dourados em sua busca pelo verdadeiro valor da amizade. O olhar regionalizado das ilustrações, confronta o clássico universal com a cultura local e popular, criando um contexto prazeroso de leitura e deleite.
Fonte: Correio do Povo/Caderno de Sábado em 4 de junho de 2016.