UM CARRO SOBE NA CALÇADA
Publicado pela Suma de Livros, já está nas livrarias o romance policial MR. MERCEDES, que marca a estreia do autor norte-americano Stephen King na literatura policial. O título faz parte de uma trilogia que tem o detetive Bill Hodges como protagonista. Hodges, o “Philip Marlowe” de King, é um policial aposentado e deprimido que mora em uma cidade do Meio Oeste e que passa o dia em frente da televisão.
Na verdade, quando o livro começa o estado de espírito de Hodges está à beira do suicídio. O ex-policial vive atormentado principalmente por não ter resolvido o caso de um terrível assassinato de várias pessoas que estavam na fila de uma feira de empregos e foram atropeladas por um carro Mercedes Benz, de cor de prata. Ninguém soube informar como era o motorista. E o assassino nunca foi encontrado.
Mas ele está de olho na rotina perigosa do ex-policial que vive sentado na sala vendo todos os programas, dia após dia. Num destes dias, Rogers recebe a carta do assassino convocando-o para uma luta entre o bem e o mal. Como prova de que é ele mesmo, o criminoso, adianta alguns fatos ou pormenores que nunca foram divulgados pela polícia. Hodges recobra seu ânimo e parte para uma boa briga.
A primeira pista a ser investigada é a verdadeira proprietária de quem o Mercedes foi roubado. Execrada pela opinião pública e acossada pelo assassino na internet, a mulher, que todos acreditam ter deixado a chave dentro do carro, se matou. Hodges se encontra com a irmã da mulher que lhe fornece algumas pistas importantes para a solução do caso, mas a irmã da proprietária do Mercedes, morre num atentado contra a vida de Hodges que volta à estaca zero.
Hodges ganha ajuda de um adolescente negro (especialista em informática) que o atende em todas as demandas digitais do cotidiano e à dupla se junta a jovem prima da proprietária suicida. O trio tem pressa na perseguição ao criminoso, já que todos esperam que, a qualquer momento, voltará a atacar. E um grande evento no grande estádio da cidade, está chegando e pode ser o cenário de uma nova chacina.
Fonte: Correio do Povo/ Caderno de Sábado em 14 de maio de 2016