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Antônio Chimango: Poemeto Campestre de A. Juvenal
Antônio Chimango: Poemeto Campestre de A. Juvenal

ANTÔNIO CHIMANGO FAZ 100 ANOS

 

ANTÔNIO CHIMANGO – POEMETO CAMPESTRE, de Amaro Juvenal (Editora Belas Letras, 238 páginas, com apoio do Ministério da Cultura e Banrisul), no ano de seu primeiro centenário de vida, ganhou uma nova, bela e diferenciada edição, encadernada, editada e apresentada pelo professor e escritor Luís Augusto Fischer.

 

Um dos maiores clássicos da literatura gaúcha, escrito pelo político, escritor, jornalista e médico Ramiro Barcellos, com o uso do pseudônimo Amaro Juvenal, cruza seu primeiro século com muitas edições, muitos estudos e obras a respeito e com adaptação musical por Martin Coplas.  O poemeto também foi adaptado para apresentação pela Orquestra Sinfônica de Porto Alegre e apresentado, em forma de opereta, no Theatro São Pedro, com música de Arthur Barbosa e libreto de Alpheu Godinho.

 

Considerada a poesia mais conhecida e popular do Rio Grande do Sul, em vista de seu conteúdo político e histórico impactante, de sua forma literária primorosa, da importância de seu autor, dos fatos e personagens históricos que a envolvem, Antônio Chimango, nesta edição anotada, seguida de ensaios clássicos de Raymundo Faoro, de Augusto Meyer e novas abordagens por Fausto J.L. Domingues, José Francisco Botelho e Michel Thierry Le Grand, mostrará aos leitores que já conhecem a obra e aos que conhecerão, fotos e ilustrações de outras edições e detalhado histórico do poemeto.

 

Elaborado entre 1910 e 1915, em razão de uma briga política contra seu primo Antônio Augusto Borges de Medeiros (1863-1961), então presidente do Estado e ali retratado como Antônio Chimango, o poemeto tomou tamanho, rumo e mortalidade que, por certo, Ramiro Barcellos nunca imaginou.  Fosse apenas um forte panfleto político, talvez a história fosse outra.  A questão é que a complexa personalidade de Barcellos dialogou com a literatura, a política, a história,  e deu excelência literária ao poema, que fica ainda mais valorizado com essa cuidadosa edição do professor Fischer, elaborada com base em extensas pesquisas e com o apoio de especialistas em obras deste porte.

 

Juntamente com esta edição histórica, foi lançado ANTÔNIO CHIMANGO – POEMAS, CRÔNICAS, DISCURSOS E POLÊMICAS DE RAMIRO BARCELLOS – VOLUME 2 (Belas Letras, Banrisul e Ministério da Cultura, 262 páginas), que reúne, pela primeira vez em livro, os textos de exuberante verve satírica de Barcellos, com estudos de Sérgio da Costa Franco, Gunter Axt e Luís Augusto Fischer.  Os textos permitem, sem dúvida, ver o brilho da personalidade multifacetada de Ramiro Barcellos e conhecer um quadro altamente significativo da história, da política, da gestão pública e da economia de nosso País cem anos atrás.

 

Estão de parabéns o Ministério da Cultura, o Banrisul, o professor Fischer e os demais colaboradores da obra.

 

Fonte:  Jornal do Comércio/Jaime Cimenti (jcimenti@terra.com.br) em 07/08/2016.