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A Calma em um Pote
A Calma em um Pote

A CALMA EM UM POTE

 

BRINQUEDO SIMPLES E BARATO PODE AJUDAR A TRANQUILIZAR CRIANÇAS EM SITUAÇÕES DE ESTRESSE.

 

Boneca e carrinho de controle remoto estão na lista de “brinquedos-desejo” que podem ter o poder de acalmar o choro de muitas crianças.  Mas é possível tranquilizar o filho em momentos de estresse usando apenas uma garrafa pet, água e glitter. Pouco mais de R$ 5 e menos de cinco minutos são suficientes para criar o chamado “pote da calma” (ou calming jar, na expressão em inglês).

 

O artefato foi desenvolvido a partir dos princípios da médica e educadora italiana Maria Montessori – motivo pelo qual o brinquedo também é conhecido como “pote Montessori da calma”.  O conjunto de teorias e praticas idealizado inicialmente  por Maria principiou o Método Montessori, que procura desenvolver nas crianças o potencial criativo, a independência e a disciplina interna.  Atualmente, as escolas montessorianas, presentes em todo o mundo, trabalham como difusoras das ideias da italiana e produzem materiais didáticos a partir de seus ensinamentos.

 

Para a psicopedagoga Edimara Lima, sócia-fundadora da Organização Montessori no Brasil, o principal diferencial do “pote da calma” é estabelecer u foco de atenção nos pequenos, o que é possível devido à sua constituição: ele gera movimento, tem cor e pode ser manuseável.  Mas a especialista também avalia que, no mundo infantil,  há muitos brinquedos com características semelhantes.

- Toda criança focada é uma criança calma.  Os elementos desse pote também podem ser encontrados em um mobile, por exemplo, que tem vida, cor e é manuseável.  Ou seja, objetos que atendam a essas três características geralmente vão chamar a atenção – pondera Edimaura.

 

FUNCIONA MAS NÃO É MILAGROSO

 

Sem contraindicação, o brinquedo pode ser utilizado por crianças de todas as idades, embora seja mais eficaz para pequenos até cerca de um ano e meio, quando a ideia for trabalhar a calma em situações de brigas e estresse.  Outra vantagem é poder envolver a criança na produção do material, estimulando a criatividade e aguçando a curiosidade sobre o objeto que ela está ajudando a fazer.

 

Usado também no ambiente escolar, o material é de fácil higienização – ponto importante a ser observado principalmente em instituições que trabalham com educação infantil.

- É fundamental ressaltar que o material não é milagroso.  Ele funciona para a pessoa adequada, no momento adequado.  O bom senso dos pais depende muito – comenta Edimara, explicando que nem todas as crianças tendem a responder da mesma forma ao material.

 

Segundo a especialista, a “mágica do objeto pode levar mais tempo para ser descoberta por crianças que costumam ter pouco acesso a brinquedos, em relação àquelas que já estejam adaptadas ao estímulo produzido por artefatos coloridos e com movimento.  Outro aspecto evidenciado pela psicopedagoga é o contexto no qual o pote é apresentado:

- O objeto funciona quando se tem a possibilidade de mudar o foco de atenção da criança.  Se ela caiu e se machucou, por exemplo, talvez o mais indicado seja aliviar a dor antes de tentar acalmar o choro com o pote.

 

SEM CRISES

 

Psicopedagoga indica alternativas para acalmar os pequenos:

- Tire a criança do ambiente que provocou o estresse

- Use um tom de voz tranquilo.  Uma pessoa estressada pelo choro da criança não irá acalmá-la

- Passe segurança e tranquilidade

- Cante uma música em baixo tom

- fazer uma massagem também pode ajudar

- Um aquário pode funcionar da mesma forma, poi o movimento dos peixes estimula a calma

 

MONTE O SEU BRINQUEDO

Para fazer o “pote da calma” será preciso:

1 garrafa pet com tampa
2 colheres (sopa) de cola glitter
4 colheres (chá) de purpurina da cor de sua preferência
Água morna

 

Dentro do recipiente, coloque a cola glitter e a purpurina.

 

Sem encher completamente o recipiente, acrescente água morna. É necessário deixar um espaço livre para agitar o líquido.

 

Por fim, basta agitar para que o movimento aconteça.

 

Fonte:  ZeroHora/Caderno Vida em 20 de março de 2016.