ENTREVISTA com a poetisa ENEIDA CRISTINNA
Sua Biografia:
Eneida Cristinna, natural da cidade de Colinas, Maranhão.
Poetisa nata, autodidata, foi bancária, e agora dedica-se à sua paixão, a arte da escrita, especialmente a poesia.
Escreve há dois anos em sites e páginas virtuais, publicando textos filosóficos e poesias.
Seu Livro:
Numa visão contemplativa da natureza e do coração, a poetisa, como uma abelha, extrai o suave néctar de suas poesias Minimalistas, exalando leveza e levando a suaves reflexões, em suas pétalas de poesia.
Em O Melhor Cálice, sorve um amor de gosto intenso, do fruto mais saboroso das vinhas, vindo com a maturidade, tão profundo, que com ele viaja aos recônditos do coração, embalando-nos em versos livres e rimas, indrisos e sonetos, acompanhando esse amor, para além da vida, na eternidade.
O livro, O Melhor Cálice você encontra na Livraria do Leia-Livros:
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Como surgiu a escritora Eneida Cristinna?
Descobri o dom e o amor pela escrita, na adolescência. Surgia uma escrita livre, poesias de romantismo leve, ou de teor revolucionário, inconformada com o cenário político que eu descobria, ainda sob a ditadura. Em outras, indagava e respondia a mim mesma, sobre minhas dúvidas e anseios existenciais, típicos da adolescência. Usava o codinome " Ave Crisna ".
Por circunstâncias da vida, deixei de publicá-las. E assim surgia na fase adulta, uma Eneida melancólica, que trazia Florbela Espanca na cabeceira. Dessa fase, guardo poemas jamais publicados. Até que deixei de escrever por longos anos.
E finalmente, em 2015, ela, a poetisa (ou Eu mesma, somos as mesmas pessoas), ressurge das cinzas, agora Eneida Cristinna, começando a escrever em redes sociais, pensamentos, reflexões, poesias. Amigos escritores nesse meio, (Inês Seibert, Vitor Ávila), me incentivaram a abrir a página no Facebook, a " Nuances de Minha Alma " e depois o blog Alma nua em flor.
Quais seus poetas preferidos e por quê?
* Florbela Espanca (pela afinidade romântica, lirismo, pela excelência como poeta, ao meu ver, quem mais belamente escreveu sobre o amor romântico).
* Khalil Gibran (cabeceira na adolescência, seu teor espiritualista e suas falas sobre o amor, sobre a vida em vários aspectos, seus desenhos, me fascinaram, sempre. Tanto que dei o seu nome ao meu primeiro filho).
* Guilherme de Almeida (A admiração vem do colegial ao estudar literatura, estilo romântico, singular. Mais tarde, o vejo na poesia minimalista, em seus haikais guilherminos).
* Helena Kolody (profunda admiração pela Reika, que só vim a conhecer ao apreciar a poesia minimalista. Primeira mulher brasileira a publicar uma obra especificamente de haikais. Mestra, excelência em expressar muito, em poucas palavras).
* Pablo Neruda, Drumond de Andrade, Vinícius de Moraes, Mário Quintana, Fernando Pessoa (Dispensa-se comentários).
Citaria muitos outros, especialmente, brasileiros.
Fale de você, da mulher por trás da escritora.
Mulher sensível, sonhadora, romântica. Espirita Kardecista, Cristã, trabalhadora de Cristo, por seu reino de amor, abraçando a missão de tocar os corações através das palavras, usando os dons que o Senhor me concebeu.
Mãe, filha, irmã, avó amorosa.
Amante do simples e do belo.
O que você acha de ser escritora em um país de poucos leitores, onde a literatura nacional não é valorizada e o custo de edição é alto?
Um cenário difícil, mas não impossível de mudança. É árdua a trajetória do escritor brasileiro, especialmente para aquele que ainda busca lançar-se na literatura brasileira, e mais ainda, para os poetas. Será que é pela qualidade da escrita? Não se pode generalizar. Gêneros e estilos que não agradam às massas?
_ Não. É por falta de incentivo por parte do governo e de valorização por parte das grandes editoras e da mídia.
O que poderemos fazer para mudar esse cenário?
Começar uma mudança através da educação básica, despertando as sensibilidades para a literatura, incentivar os talentos. Patrocínio à cultura, pelo governo e grandes empresas. (Mas isso antagoniza com os propósitos aparentes dos mesmos).
Alguns editores dizem que poesia não vende. A internet está repleta de talentosos poetas expondo seus trabalhos, são amados, admirados e idolatrados. Qual sua opinião? Poesia é arte para encantar ou devemos investir muito mais na comercialização e mudar essa
afirmação dos editores?
A poesia, como toda a arte, enleva e eleva a alma, nos dota de sensibilidade para aquilo que a olhos nus não é óbvio e palpável, mas existe. A internet, em seu lado bom, tem nos dado oportunidades de mostrarmos nossos trabalhos e sermos conhecidos. Os editores precisam abrir os olhos para esse nicho. Mesmo porque, editoras de Portugal, cito,
como de outros países onde a Literatura é mais valorizada, nos incentivam e têm nos procurado para publicação de obras individuais e coletivas (Antologias).
Seu livro, O Melhor Cálice, apresenta poesias minimalistas e poesias de amor. Por que esse título, uma poesia especial, ou algo mais?
Primeiro pela poesia intitulada "O Melhor Cálice", na qual me refiro como sendo o verdadeiro amor, o vinho de melhor paladar, a bebida dos deuses. Também pela poesia minimalista, cujo refinamento, em doses mínimas, nos encanta.
Fale sobre seus projetos literários. Ficará na poesia ou fará um passeio, quem sabe, aventurar-se pela prosa romântica?
Aceitei o desafio de gestar um romance, cujo embrião está se formando, e espero não ser abortado. Tem inicialmente como título " Helène - Além da linha invisível ".
Por que você recomenda a leitura de seu livro?
Um livro composto de poesias com muita sensibilidade. O leitor pode fazer um passeio por vários estilos poéticos, como poetrix, haikais, indrisos, sonetos e versos livres.
Deixe uma mensagem para seus leitores.
Queridos amigos e seguidores, fiz com muito carinho, essa seleção de poemas para vos encantar, através de " O Melhor Cálice ". Espero que apreciem como gotas de felicidade.
Continuem a me acompanhar diariamente pelos endereços:
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