ENTREVISTA: escritora Marta Maria Niemeyer
Sua Biografia:
Mineira, nascida na cidade de Senador Firmino. Atualmente reside no Rio de Janeiro.
Marta é uma Contadora de Histórias. Ministra cursos nessa área e também é escritora. Tem dois livros infantis publicados, a “Borboleta Biruta” e “As Mordidas do Tio Pastor Alemão”.
Participou de duas antologias da editora Sui Generis em Lisboa, Portugal, “Sinfonia de Amor”, com uma carta e “Luz de Natal” com um poema.
E está lançando agora, o livro infantil A Coelhinha Valente.
Suas Obras:
Literatura Infantil
Literatura Infantil - O livro está a venda na Livraria Leia-Livros no link:
https://www.leia-livros.com/product-page/a-coelhinha-valente
Como surgiu a escritora Marta Maria Niemeyer?
A escritora surgiu após um curso de Contação de História, que fiz com a saudosa professora e escritora Fátima Miguez. Seu objetivo consistia em formar um grupo para contar histórias em hospitais e, fiquei muito interessada porque gosto de realizar trabalho voluntário. O exercício da contação evoluiu, ao ponto de pensar que meus textos não deveriam ficar engavetados.
Você escreve para crianças e adultos. Qual público é o seu preferido e por quê?
Gosto muito de trabalhar para criança e, possuo larga experiência com público infantil. Criança diz o que sente, se ela gosta, gosta mesmo. Quando diz “Tia, amei seu livro!” não tem preço... que felicidade!
Ministra cursos de contação de histórias. Como se dá isso, de preparar pessoas para descrever um texto para um público tão exigente, como o infantil?
Trabalhamos com técnicas de contação de histórias, valorizando sempre o tom de voz e com isso, enriquecendo a criatividade.
Além disso, o que acha que devemos fazer para estimular a leitura nas crianças?
Oferecer livros de presente assim como fazemos com qualquer brinquedo. Ler junto e para eles. Criança aprende muito com nossos exemplos.
O que os pais precisam fazer, como educadores, para que seus filhos se tornem bons leitores? Ou acha que a maioria dos pais não está preocupado com isso?
Infelizmente a maioria dos responsáveis não se preocupa.
Fale sobre seu novo livro, A Coelhinha Valente.
A história foi inspirada em uma coelha que fez parte da vida familiar.
Um fato corriqueiro que a gente encontra pelas ruas das grandes cidades chamou a minha atenção, coloquei um pouco de tempero para dar sabor à história. Gostei muito e resolvi distribuir ao sabor dos ventos. Escolhi a coelhinha Princesa para prestar uma homenagem, foi uma grande companheira de quem a amou muito. Princesa era uma fofura!
Na sua opinião, a tecnologia é prejudicial ao desenvolvimento infantil?
Sim, se não controlar pode ser prejudicial.
Quais os seus projetos literários para 2019?
Quero abrir mais o leque da minha escrita, viajar pelos caminhos dos contos e quem sabe, também das crônicas.
O que você acha de ser escritora em um país de poucos leitores, onde a literatura nacional não é valorizada e o custo de edição é alto?
Se eu for pensar muito sobre este assunto acabo desistindo de tudo. Prefiro nem pensar... É desanimador.
Quais medidas deveriam ser implantadas pelo governo, para melhorar a situação da literatura no país?
Valorizar a educação de base, oferecer apoio ao corpo docente, facilitar a vida dos escritores, fazendo com que as leis sejam cumpridas igualmente para todos. E menos burocracia.
Cientes de que muitos autores são preteridos em favor de uma minoria, que, o que vale é o “QI”, isto é, “quem indica”, como mudar esse conceito arcaico?
Este “QI” é difícil de ser quebrado, uma vez que trata-se de problema político e, ele está enraizado em nossa maldita cultura desde os tempos primórdios.
Em uma crônica que li recentemente, o jornalista perguntava: Por que as pessoas pagam pela comida, pagam pelas roupas e acham que a cultura deve ser gratuita, principalmente os livros e jornais? Qual sua opinião a respeito. A maioria não lê por que acha que os livros são muitos caros?
A roupa, elas precisam se vestir, o alimento não pode faltar, já o livro e o jornal acham que podem viver sem ele. E daí, pensam que: não comprando o outro terá que doar, esquecendo-se que tanto o livro como o jornal tem um custo. Me parece ignorância.
Há algum tempo, as editoras financiavam a edição e impressão de livros, pagando ao autor, ínfimos 10% de direito autoral. A maior fatia sempre ficou com as livrarias, que recebiam 40 a 50% sobre o valor de capa, e algumas até 100%. Muitas fecharam, estão endividadas, não pagam as editoras, as gráficas e muito menos os autores. A pergunta é: Você acha que a edição e impressão, se estiver na posse do autor, ele poderá negociar uma melhor distribuição de sua obra? Sem “ceder” os direitos de publicação, ele será beneficiado na atual conjuntura econômica?
Sim, neste caso economizando caminho.
Plantando, colhendo e distribuindo ao consumidor, evitando o atravessador.
Qual o meio usado para publicação de seus livros? Fale a respeito, informando os motivos de sua escolha.
Embora eu seja desconhecida no meio literário penso que pelas redes sociais posso alcançar um número grande de leitores.
Estou viabilizando um espaço para fazer um lançamento no Rio de Janeiro em breve.
Por que você recomenda a leitura de seu livro?
A história é linda e muito divertida. Sua narrativa é de fácil compreensão e as ilustrações enfeitam lindamente, colaborando com a contação da história.
Deixe uma mensagem para seus leitores.
Assim como os olhos são os espelhos da alma, o livro é a porta que abre nossos horizontes, em cada página um degrau para a escada da vida.
Para acompanhar a escritora nas redes sociais:
Linkedin: https://www.linkedin.com/in/marta-maria-valle-maria-valle-52140212b/
Facebook: https://www.facebook.com/martamariadam.valle.valle
Facebook: https://www.facebook.com/mariadam.valle
E-mail: martamariavalle@hotmail.com
Celular: 21-991430908
Nell Morato-28/01/2019-AlmanaqueLiterário