ARGUMENTAÇÃO ESCRITA
O pleno exercício da cidadania depende, em grande parte, de sermos capazes de defender claramente nossas opiniões.
TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO
Para elaborar um texto sustentado por argumentos, devem ser observados alguns princípios importantes, como o domínio do assunto, a seleção de argumentos e o emprego de uma linguagem condizente com a do receptor.
Esse tipo de texto dissertativo-argumentativo pode ser desenvolvido pelo método indutivo, em que as ideias são apresentadas indo do particular para o geral (apresenta-se um caso de sequestro para depois tratar da violência no país), ou pelo método dedutivo, em que o texto parte do geral para o particular (fala-se primeiro da violência e depois se dá como exemplo um caso de sequestro).
Você deve procurar convencer e persuadir o leitor. Convencer está relacionado à razão, ou seja, usar de raciocínio lógico e de provas objetivas para fazer com que uma pessoa incorpore suas ideias; já persuadir implica emoção, ou seja, emocionar e comover atingindo o sentimento do interlocutor. Para convencer e persuadir, você precisa argumentar com coerência, a fim de dar sustentação a seu ponto de vista.
Se alguém pensa de outra forma e apresenta uma opinião diferente da sua, significa que tem outro ponto de vista do fato ou assunto. Esses argumentos contrários aos seus, que justificam um outro ponto de vista, chamam-se contra-argumentos.
TIPOS DE ARGUMENTO
A eficácia do texto dissertativo-argumentativo depende, em grande parte, do tipo de argumento empregado.
Veja alguns tipos aos quais se pode recorrer:
É preciso saber utilizar os mecanismos que propiciam a coesão textual. Observe algumas ocorrências: para usar a expressão “por exemplo”, deve-se, antes, ter tratado de maneira genérica de determinado assunto; só se usa “por outro lado” se um lado da questão já foi abordado; o uso da conjunção “portanto” sugere uma conclusão.
OBJETIVIDADE E SUBJETIVIDADE NA ARGUMENTAÇÃO
A argumentação, no texto dissertativo-argumentativo, pode ocorrer de duas maneiras: objetiva ou subjetiva. Pode-se adotar uma postura impessoal, em que os argumentos sejam expostos objetivamente, ou pode-se expô-los dando ao texto caráter mais pessoal. Em geral aparecem ambos os tipos de abordagem no mesmo texto, embora predomine um dos dois.
Subjetividade não implica falta de informação ou opinar sem apresentar dados precisos. O texto precisa estar embasado em fontes, mostrar que existe diversidade de pontos de vista e versões diferentes do mesmo fato ou assunto.
O texto objetivo pode ser identificado pela forma de estruturação: a maioria das construções se apresenta em 3ª pessoa; utilizam-se determinados tipos de argumentos.
Alguns textos pedem maior distanciamento (como um texto científico), enquanto outros podem ter caráter mais subjetivo (como uma crítica de arte).
TEXTO DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA
Se os cientistas não questionassem conceitos e experimentos que um dia foram considerados incontestáveis, a ciência não avançaria. A verdade científica de hoje pode não ser a de amanhã, pois até mesmo na ciência a verdade é relativa, e muitas vezes o discurso mais aceito convence apenas por um determinado período de tempo, pois o posicionamento científico é revisto diante da apresentação de novos fatos e evidências.
Por meio do texto científico, escrito por cientistas para leitores cientistas e em geral publicado na forma de artigo em revistas especializadas, registra-se o raciocínio desenvolvido no trabalho de pesquisa. Sua linguagem é precisa e objetiva: o autor apoia seus argumentos em provas, testes, dados estatísticos.
O leitor comum, normalmente, procura se informar sobre ciência por meio de jornais e revistas direcionados para um público leigo; neles, encontra-se o texto de divulgação científica.