ENTREVISTA: Escritor VALDI ERCOLANI
Sua biografia:
Nasci de pais agricultores numa pequena comunidade rural, no Rio Grande do Sul, hoje chamada Nova Esperança. Quando eu tinha sete anos, minha família mudou-se para São Borja, onde vendi jornais na rua, fui engraxate e projecionista no cinema local. Aos quatorze, fui levado por seu proprietário, Joaquim Macedo, para morar em Porto Alegre; ali, estudei e ensinei inglês no Instituto Yázigi e recebi treinamento nas artes gráficas. Aos vinte anos embarquei para Los Angeles (EUA), a fim de buscar novos conhecimentos na área da criação publicitária.
Retornei um ano depois e fixei residência em São Paulo, onde atuei como diretor de arte na MPM Propaganda durante quatro anos. Em 1967 decidi ir para a Europa.
Desembarquei em Lisboa a caminho de Madrid, onde trabalhei como roteirista de filmes publicitários durante um ano nos Estúdios Moro. Em 1968, fui para Londres estudar cinema na London School of Film Technique.
Mudei para Paris em 1969 e trabalhei na Havas Conseil como diretor de arte criativo; nesse período, participei de um concurso de roteiros para uma campanha antidroga instituída pela Prefeitura de Paris, sendo um dos quatro premiados.
Em 1971 fui viver três meses em Argel, na Argélia, e retornei ao Brasil em 1972, quando fundei minha produtora de filmes publicitários. Em 1975, dirigi e produzi o primeiro longa-metragem, que foi escolhido para representar o cinema latino-americano no Festival de Teerã, quando ainda era Pérsia. Em 1990 mudei para Barcelona e ali residi por dois anos atuando na área da cinematografia.
Em 2000, inspirado na lenda do herói mitológico, comecei a escrever o primeiro livro de uma série de cinco sobre a saga do crescimento humano, Inocêncio e a criança divina, publicado em 2005. Na sequência, escrevi O despertar do Inocêncio, publicado em 2008 e Inocêncio e o início da Jornada, publicado em 2011. Atualmente, me dedico a escrever o quarto volume.
Suas obras:
Volume 1 – Inocêncio e a criança divina - sinopse
Tudo começa no lar.
A educação do Inocêncio ocorre num ambiente familiar amoroso, seguro, tranquilo e tem como pano de fundo uma comunidade de pequenos lavradores que habitam casas simples, não cobiçam aquilo que não lhes pertence e o bem-estar de um não pode existir sem o bem-estar do outro. Aqui, o avô Pietro, que nasceu no Velho Continente, preenche o papel do mestre sábio, conhecedor dos segredos do cosmo e do significado da vida. Esse conhecimento, sem igual entre os homens, leva Inocêncio a despertar para a Natureza, encontrar sua própria essência, entender seu lugar no cosmo, preparando-o para a grande Jornada da vida.
Volume 2 - O despertar do Inocêncio - sinopse.
Subitamente, o destino arranca Inocêncio do mundo paradisíaco em que vive e o conduz a uma cidade de pequeno porte onde discriminações são feitas, o conflito e a violência surgem e ilusões são desfeitas.
Quem sou eu? Por que estou aqui na Terra? Qual é minha tarefa?
A fim de aprender coisas que os livros não ensinam, aos 14 anos Inocêncio deixa para trás o que era e vai em busca daquilo que haverá de ser. Corta os laços que o prendiam ao lugar, aos amigos e deixa a segurança da família rumo à cidade grande para aprender a distinguir o real do ilusório, sair do fútil e ir para o profundo.
Volume 3 - Inocêncio e o início da Jornada - sinopse
Eram os anos da Guerra Fria.
Convencido da existência de uma “centelha divina” que une cada ser humano de maneira idêntica, neste terceiro volume da saga, Inocêncio dá início a uma longa Jornada de autodescoberta, percorrendo um caminho que até então desconhecia, assistindo ao errado se transformar no certo e o certo se transformar no errado. Tendo como pano de fundo dados históricos riquíssimos, o autor discorre sobre os acontecimentos políticos que antecederam o suicídio de Getúlio Vargas, a renúncia de Jânio Quadros, o veto dos militares à posse de João Goulart e a resistência de Leonel Brizola, a revolução de Fidel Castro e a crise dos mísseis soviéticos em Cuba.
Como surgiu o escritor Valdi Ercolani?
Acho que foi lá pelo inverno de 2000 durante uma visita à minha irmã em São Borja. Desde que parti de Nova Esperança, após 57 anos tive vontade de rever o lugar onde nasci. Quando lá cheguei, sobre a casa já não havia mais pedra sobre pedra e de suas ruínas cresciam flores. O pinheiro, que se erguia majestoso no meio do vale, também havia sumido; não fiquei sabendo se morreu de velhice ou foi cortado. Enquanto perambulava pela redondeza, minha mente refletia. Ponderava que buscamos a felicidade suprema por meio do progresso, da evolução de técnicas, de sistemas econômicos, do acúmulo de bens e da obsessão pelo lucro, esquecendo que o desequilíbrio criado pelo abuso de nossa capacidade de escolha dificilmente pode ser corrigido. Refletia que havíamos perdido a religiosidade, que o tempo presente nos havia convertido em profanos. A alma se sente órfã. Solitária, ela se lamenta abandonada sob viadutos, nas calçadas, no corredor de hospitais e nas filas do desemprego num mundo material que não acredita mais nela.
Avistei, então, um pé de tangerina, que fora meu companheiro de infância, repleto de frutas maduras; seus ramos vergavam com o peso de tanta abundância. Aproximei-me para apanhar algumas, procurando entender porque a árvore insistia em dar tangerinas naquele lugar, uma vez que por ali ninguém passava e ninguém vivia. De repente, escutei uma espécie de “sussurro”.
- Dar é a razão de eu existir; se não o fizer, decreto minha morte. Além do mais, nada é totalmente em vão, visto que, após tantos anos, tu por aqui passaste e colheste tangerinas para levar embora. A partir desse dia comecei a pôr no papel minhas pegadas terrestres, não importando o tamanho.
Fale do seu projeto literário.
É uma saga de autodescoberta, narrada em cinco livros, passando pelos cinco ciclos do crescimento humano, isto é, infância, juventude, maturidade, maturidade profunda e colheita, a fim de entender quem somos, o que estamos fazendo aqui na Terra e qual é a nossa tarefa. O primeiro livro abrange os sete anos do Inocêncio, quando seu cérebro ainda se acha em estado virgem e receptivo, capaz de armazenar informações que serão os alicerces da sua personalidade e caráter. Neste ciclo, o avô Pietro, que nasceu no Velho Continente, preenche o papel do mestre sábio e exorta o neto a ser fiel a ideais elevados.
Ensina-lhe a ética como guia, inspirando-o a viver uma existência mais nobre, um modo de vida mais digno, procurando identificar e conciliar o bem-estar individual, isto é, os seus próprios interesses com o bem-estar de todos.
O segundo livro narra as experiências do Inocêncio dos sete aos quatorze anos; o terceiro, aborda suas descobertas dos quinze anos aos vinte e dois; o quarto livro tratará do fim da Jornada, quando Inocêncio, depois de tanto buscar, por fim, encontra suas respostas. No último livro, que abrange o ciclo da colheita, Inocêncio, cuja extraordinária experiência o tornou sábio, retorna da sua jornada e conta o que viu e viveu para os que vieram depois dele. Embora a estrada de cada um seja única, ela tem um ponto de encontro com a estrada do outro, com o coletivo.
Por que Inocêncio? Como nasceu o personagem?
Surgiu do inocente, que é o estado natural da criança quando ela deixa o ventre materno, e se consolidou com a tese de que tudo começa no lar. Inocêncio nasceu sob um céu estrelado, viveu sua infância ouvindo o canto dos pássaros, com pais presentes, sem rupturas traumáticas, sem conhecer o significado do dinheiro, numa comunidade rural que extraía sua subsistência da terra. Os lavradores eram solidários entre si, não cobiçavam aquilo que não lhes pertencia e o bem-estar de um não podia existir sem o bem-estar de todos. Assim, por meio de uma inteligência não contaminada, uma vez que não conheceu o mal, Inocêncio cresceu acreditando em si, nas outras pessoas e que o mundo é seguro.
Pela sua trajetória podemos observar que se dedicou primeiramente ao cinema e a publicidade. Como o cinema entrou na sua vida?
Isso ocorreu em São Borja, quando eu tinha 11 anos. Inácio, um vizinho nosso, sabedor de que eu não havia entrado num cinema, veio me convidar para uma “matinê”. Disse que iríamos assistir a um programa duplo, o faroeste Sinos de Santo Ângelo, com Roy Rogers, e os três primeiros episódios do seriado, As aventuras do Capitão Marvel. E me advertiu:
- O filme é projetado numa tela onde tu verás homens do bem e do mal, lutas, cavalgadas e muito tiroteio. Se, porventura, alguém apontar a arma na tua direção, procura te esconder detrás da poltrona.
Felizmente, tudo não passou de uma brincadeira.
Assim que vi as primeiras imagens coloridas de Sinos de Santo Ângelo, me senti transportado para outra realidade. Quando a “matinê” terminou, minha alma estava enfeitiçada; ela simplesmente não conseguia ocultar o seu arrebatamento. As pessoas falavam como na vida real; tanto as vozes quanto o ruído das patas dos cavalos, assim como os tiros, tudo parecia verdadeiro. Imaginei que houvesse uma lanterna mágica escondida na cabine lá em cima. Esperei todos saírem e fui falar com o gerente; me ofereci para varrer o cinema de graça se ele, porventura, me deixasse assistir aos filmes. Mais tarde, já com doze anos, aprendi a manusear os projetores e me tornei um projecionista.
Valdi Ercolani é um senhor do Mundo; conheceu vários países da América, Europa e África. O que o motivou a cruzar os oceanos? Qual o país que mais lhe agradou, de um modo geral, pela sua cultura ou algo muito especial, que valeria a pena visitar de novo ou, quem sabe, residir lá?
Em Nova esperança, naquele céu salpicado de estrelas, aos quatro ou cinco anos de idade, eu tinha o hábito de contemplar a lua cheia e me imaginava lá em cima observando o comportamento das pessoas aqui na Terra. Essa curiosidade latente certamente foi alimentada mais tarde pelo cinema, me impulsionando a ir para o mundo, conhecer outros povos, viver novas experiências, buscar novas ideias, aprender o que é verdadeiro, sair do fútil e ir para o profundo.
Minha infância durou até os 32 anos e foi um ciclo sem grandes projetos de fixação. Durante esse tempo, não houve espaço para relações duradouras em qualquer área, fosse profissional, pessoal ou afetiva. O explorador interno não se detém diante de nenhum obstáculo para descobrir a sua verdade; o impulso da busca é tão forte que ele é capaz de sacrificar suas relações mais preciosas, ou seja, o lar, o trabalho e os amigos.
O desejo de conhecer os Estados Unidos, mais propriamente Hollywood, surgiu aos 22 anos; a razão foi o avanço técnico e criativo dos norte-americanos nas artes-gráficas, além do cinema e seus westerns, com caravanas percorrendo planícies inóspitas, diligências cortando estradas ermas e o cowboy solitário, defensor do bem contra o mal, que vagueia de cidade em cidade.
A viagem ao Velho Continente aconteceu em 1966, durante a ditadura militar, quando eu tinha 27 anos. Impelido por um sentimento de insatisfação e confinamento, comecei a jornada com uma aspiração: viver cinco anos entre Lisboa, Madri, Londres, Paris e Argel, aprender com suas culturas milenares, ampliar meus conhecimentos na arte cinematográfica e retornar ao Brasil com os equipamentos filmagem. Qual o país que mais me agradou? Todos. Todos me ensinaram alguma coisa. No convívio com esses povos encontrei evidências de que suas lágrimas têm o mesmo sabor. Deixei a Europa aos 32 anos, convencido de que viemos da mesma fonte e uma “centelha” divina, um DNA universal une os povos de todas as nações uns aos outros de modo idêntico, independente de condição social, crença religiosa ou raça.
Seus livros falam do autoconhecimento humano e de qualidade de vida. O que o levou a escrever sobre a existência humana, sendo esse tema bastante complexo? Incentivado pelo conhecimento adquirido em suas andanças pelo mundo?
Ainda conservo na memória com muita nitidez o exato momento da minha infância, quando, por assim dizer, a alma “rompeu seu invólucro” e saiu de um estado de torpor para um estado de alegre deslumbramento. De repente, como algo que despertava em mim, uma exuberante paisagem, com bosques, vales, córregos, pequenas colinas e campos apareceram diante dos meus olhos. Tinha a sensação de estar despertando de um sonho. Decidi então me beliscar, para ter certeza de que estava acordado. Naquele momento eu me autodescobri. Percebi que meu corpo era real. Que eu era eu. Que eu existia. A partir desse dia, passei a prestar atenção nas manifestações ao meu redor, buscando entender os princípios que as uniam.
Sendo assim, o autoconhecimento supõe uma intuição espiritual, uma visão que vem de dentro, uma percepção cósmica a respeito do homem completo. Não é uma fórmula pronta, que pode ser dada a qualquer um e a qualquer hora, uma vez que ninguém pode forçar o outro a se autoconhecer, senão ele próprio. Quem quiser se autoconhecer precisa estar desperto, refletir e interpretar a si mesmo, observar suas atitudes, como elas o afetam diretamente e indiretamente afetam os outros. No entanto, o autoconhecimento dificilmente acontece a uma pessoa que não tenha passado por experiências dolorosas. Por causa disso, só comecei a escrever sobre o assunto em 2000, quando já tinha 60 anos.
O autoconhecimento não deve ser tratado como um simples projeto de análise intelectual, de autocrítica, no qual a pessoa reconhece qualidades e defeitos do próprio caráter ou erros e acertos de suas decisões, mas de natureza ética, ou seja, deve ser visto como a realização de algo que leve o individuo a ser dono de si, o comandante do seu destino e um ser melhor. Os filósofos da antiguidade viam o autoconhecimento como uma conquista que traz liberdade e saúde para a pessoa que busca a verdade sobre si. Além do mais, um profundo autoconhecimento abre as portas para o conhecimento do outro, visto que, sem conhecer sua natureza humana própria, ninguém pode conhecer a natureza humana alheia.
O que você acha de ser escritor em um país de poucos leitores, onde a literatura nacional não é valorizada e o custo de edição é alto?
Por mais que o livro seja o amigo de todas as horas do leitor, seu companheiro fiel, conselheiro sábio e professor paciente, salvo raras exceções, é muito difícil para um escritor no Brasil pagar a conta da luz com os frutos da literatura.
Nos dias atuais, o capital se tornou um gigantesco dragão faminto, insaciável por lucros cada vez maiores. Desde que o dinheiro começou a ser levado em consideração ele vem causando a corrupção de nossa verdadeira essência, nos transformando em mercadores e mercadorias alternadamente.
Quantas pessoas valorizam o ser humano em primeiro lugar e só depois o dinheiro? A maioria geralmente se interessa pelo tamanho de minhas posses e poucos querem saber se minha alma é sincera.
Atualmente, é comum o editor ficar à espreita dos livros best seller do outro lado do mundo para comprar seus direitos, enquanto hesita em apostar num autor desconhecido. Ignoramos o fato de que a riqueza de uma família ou de uma nação não se mede pelo saldo da conta bancária, nem pela quantidade de ouro e prata enterrados no seu solo, mas pelo saber, pela educação e pelo caráter de seus filhos.
Qual a sua sugestão para melhorarmos a Literatura Nacional. Necessitamos de incentivos do MEC? Como obter melhores resultados num curto espaço de tempo?
Cícero, o grande orador romano, há 2000 anos já dizia que uma casa sem livros é como um corpo sem alma. Eu acrescentaria que é também uma casa sem janelas.
Nos últimos trinta anos, os vários governos criaram programas, instituições, leis, congressos, movimentos e campanhas, com a finalidade de formar o leitor, assim como de difundir e aprimorar a leitura. Milhares de livros são distribuídos pelas escolas do país e cujo destino é as mãos de professores e alunos. Logo, não faz sentido estimar o que ainda pode ser feito, porque creio que tudo já foi tentado. O problema maior é o aprendizado da leitura, que não se faz sozinho. Entre o livro e o leitor há mentores e o mais importante, além da família, é o professor.
Sabemos, entretanto, que é impossível para alguém dar ao outro aquilo que não possui. Surge então a pergunta: qual é o conteúdo do mentor? Seu trabalho é valorizado? Está ele acadêmica e intelectualmente preparado para ser o guia fundamental na história individual de cada aluno? Queira ou não, estamos todos presos numa inescapável teia de causalidade, entrelaçados num único tecido do destino. O gesto de um afeta diretamente a ele próprio e, indiretamente, afeta o outro, a comunidade, a nação e o mundo, pois aquilo que está no agente causador também estará no efeito.
Qual o meio usado para publicação de seus livros? Fale a respeito, informando os motivos de sua escolha.
Em 2005, submeti às grandes editoras o primeiro volume da saga, mas não tive acolhida, e as menores queriam cobrar para editar o livro. Como eu tinha larga experiência nas artes gráficas, decidi então criar a Selene Editora e cuidar pessoalmente da edição dos três volumes. Mais tarde, com o advento do livro digital, coloquei na Amazon todas as obras em seis idiomas. Fiz ainda uma edição de Inocêncio e a criança divina em audiolivro, narrado por atores profissionais e com sonoplastia, no gênero das novelas antigas.
Por que você recomenda a leitura de seus livros?
O que mantém nossa vida em ordem? Valores morais e espirituais. Se perdermos esses valores, perdemos o sentido da vida. Quando se perde o sentido da vida, o sentido do prazer é o seu substituto. Por isso, cresce cada vez mais a quantidade de jovens que, pegos na armadilha do desencanto, caem num vazio existencial. Se quisermos preencher esse vazio, devemos fazê-lo com valores. Na saga do Inocêncio, a sabedoria do avô Pietro serve de bússola para aqueles que estão buscando e ainda não acharam o seu rumo.
As obras reúnem, além de valores eternos, autoajuda motivacional orientadora destinada a adultos que pretendem manter ou resgatar a pureza de sentimentos que foi deixada no caminho, e ainda para pais e educadores que procuram formar cidadãos íntegros e amorosos ajustados à sua época.
Deixe uma mensagem para seus leitores.
Acredito piamente que o homem veio a este magnífico planeta azul para cursar a universidade da vida e no final da sua existência terrena obter o “canudo” de Ser humano. Mas, como podemos atingir isso? Empenhando-nos com todas as forças para ir além da intolerância, da discórdia, do medo e do egoísmo; estudando com afinco matérias mais elevadas como o amor, a fraternidade, a paciência, a fé, a honradez, a paz e a justiça. É bem verdade que nossa sociedade considera o sucesso profissional, a riqueza, o poder e a fama como desejáveis, contudo, estes atributos adquirem um novo significado quando o homem perde suas funções que se assemelham aos animais e se torna humano.
Só assim poderemos viver uma existência feliz, uma vez que, para conhecermos a felicidade, basta criar dentro de nós um mundo mais verdadeiro do que o real. Feito isso, então, o que está fora será um reflexo do que está dentro. Essa é a maior e a mais sublime experiência humana.
Almanaque Literário agradece a sua participação.