Translate this Page




ONLINE
7





Partilhe esta Página

                                            

            

 

 


A Dimensão da Seca no Amazonas
A Dimensão da Seca no Amazonas

A DIMENSÃO DA SECA NO AMAZONAS

 

O fenômeno El Niño e o aquecimento das águas do Atlântico Tropical Norte justificam apenas em parte a crise climática extrema: a ação humana sob a floresta amazônica agrava a situação que já é de calamidade pública.

 

“A tendência é que vai se agravar, tanto no decorrer do atual evento como na frequência e intensidade de eventos desse tipo no futuro”, explica Philip Martin Fearnside, uma das maiores referências científicas da Amazônia, prêmio Nobel da Paz com a equipe do IPCC em 2007.

 

O estado amazonense encontra-se em situação de “emergência ambiental” em 55 dos 62 municípios desde 30 de setembro. No Acre, o governo estadual decretou situação de emergência nesta sexta-feira (6), por causa da “diminuição abrupta” de diversos rios.

 

Para Fearnside, o segundo pesquisador mais citado em aquecimento global no mundo, as “previsões são graves para o Brasil. As consequências das mudanças climáticas previstas nas próximas décadas, se não for controlado o aquecimento global, são gravíssimas para o Amazonas. Implicam na perda da floresta amazônica e também em picos de temperatura que coloquem em risco a própria vida humana”.

 

Há semanas, vídeos, fotos e publicações registram mortandade de peixes pela mudança brusca de temperatura gerada pela crise climática no Amazonas. Para os cientistas, apesar de a seca extrema ter influência do El Niño, ela está sendo agravada pelo desmatamento gerado na Amazônia ao longo dos anos. A qualidade do ar encontra-se em estado “péssimo”, o mais grave de todos.

 

Para além da falta de água potável e mortandade de animais, a seca e as queimadas que atingem a região tem inúmeras consequências para a fauna e flora não apenas aquática, mas terrestre.

Na parte socioambiental, o número de doenças que podem surgir e serem transmitidas pela água contaminada crescem.

 

“Serão justamente os que pouco ou quase nada contribuíram para essa crise climática os mais penalizados. É desumano, cruel e injusto ver essas pessoas adoecendo e morrendo por doenças plenamente evitáveis”, afirma a epidemiologista Jesem Orellana.

 

Fonte: Wérica Lima via Amazônia Real.  — Imagens: @eu.tadeu @rafael.hoffmann.

Fonte:  Desafio Meio Ambiente – Site de Notícias e Mídia – @desafiomeioambiente