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Miguel Rodrigues
Miguel Rodrigues

 

ENTREVISTA:     Miguel Rodrigues                                          

 

Sua Biografia:

Nascido em Paulista-PE, vivendo na região norte a mais de 28 anos. Atualmente reside no Estado do Amazonas. Autor de quatro livros, e participou de algumas antologias, sendo o quarto livro traduzido para o inglês. Formado em Direito pela Ulbra, Tecnólogo em Segurança Pública e Pós-graduado em Inteligência de Segurança pela Unisul. Servidor Público Federal. Pai de um casal de filhos. Escrever é um grande amor.  Membro da Academia de Letras e Cultura do Amazonas.

 

Suas Obras:

 

Lançamento: Aconchego

 

Já participei de algumas antologias: Antologia Poética e Palavras do Brasil em 2015.

São cinco livros de poesias: Falando de Amor e Paixão, Reflexos dos Seus Olhos, Poemas Sob a Luz do Pôr do Sol, Cartas de Amor Rasgadas, também traduzido para o inglês e o último: Aconchego

https://almanaqueliterario.com/miguel-rodrigues

 Entrevista abril/2018

 

 

Nossa primeira entrevista foi em abril/2018. O que mudou na vida do Miguel Rodrigues nesses três anos?

Concluí o curso de Bacharel em Direito e escrevi muito. Nesse momento trágico escrevi muito para fugir de tanta notícia ruim. Perdi muitos colegas.

  

E do poeta Miguel Rodrigues, que diz que escrever é um grande amor,

Você ainda é "atormentado" pela poesia, todos os dias?

Com certeza. Eu já escrevi poema dormindo. Tudo que olho, sinto, toco, lembro, se transforma em poesia. É uma loucura que me faz bem. Sinto necessidade de escrever tanto quanto respirar.

 

Você é questionado sobre a origem da sua inspiração? E de onde vem a sua inspiração?

Acho, sem pretensão de me considerar um santo, mas um privilegiado, que é algo divino. Agradeço a Deus todos os dias ter essa capacidade de olhar e ver o que a maioria não enxerga e conseguir traduzir em versos.

 

Qual seu maior objetivo ao escrever poesias?

Expressar meus sentimentos e sentidos para que as pessoas ao lerem consigam se identificar.

 

Na poesia, antigamente, todos os versos deveriam ser iniciados com letra maiúscula, atualmente, são permitidos também em letras minúsculas, discordâncias com verbos e pronomes, dependendo do estilo do poeta. A poesia realmente tem uma linguagem própria?

Acho que tem uma linguagem própria, mas defendo a liberdade dessa língua. A poesia não precisa estar presa a fórmulas. Ela precisa tocar a alma humana. Não condeno quem adota a métrica, mas eu gosto de expressar meus pensamentos sem regras. Adoto a primeira letra sempre maiúscula. Acho mais estético. Mas não coloco como regra.

 

O que ganhamos ou perdemos com a poesia contemporânea, tão livre na sua forma e escrita?

Não perdemos nada. Cora Coralina afirmou que não entendia de forma, e por isso atrasou a fazer sua poesia. Olha o que ganhamos? Cora Coralina.

 

É a favor da leitura dos clássicos nas escolas do país?

Acho que deveria ser estimulada desde cedo a leitura. Não só dos clássicos. Precisamos formar leitores. E a escola pública peca ao não investir nisso.

  

Na sua opinião o que falta para melhorar o ensino no Brasil?

Investimentos nas escolas públicas, desde a infraestrutura como também na metodologia. Deveria haver uma formação de pequenos leitores e gincanas para despertar talentos na literatura. Os professores deveriam ganhar melhores salários, para terem mais tempo de dedicação aos seus alunos. O que infelizmente não ocorre hoje.

 

Quais medidas deveriam ser implantadas pelo governo, para melhorar a situação da literatura no país?

Incentivo a formação de novos escritores, desde a base. Divulgação e criação de escolas literárias. Criação de prêmios, de eventos em todos os Estados.

 

Todos são responsáveis, começando pela família, a escola e os governos. Acha que é possível ações conjuntas, para desenvolver a educação, no sentido de contribuir para o desenvolvimento do país?

Cabe a família a educação de base. Hoje as pessoas querem transferir essa obrigação para as escolas. A desestruturação familiar está refletindo na escola. A escola precisa oferecer uma educação formal de qualidade e o governo precisa investir na formação dos professores e na qualidade de vida destes para que possam oferecer uma aula que leve ao aluno o melhor aprendizado.

 

E o livro que está lançando agora, Aconchego, fale-nos sobre ele.

Aconchego, como o nome já remete, é dos meus livros, aquele que mais fala de amor. É um aconchego de sentimentos. Tratei especificamente de amor, de sentimentos que tocam a alma e o coração. Além da qualidade da arte que realmente ficou linda.

 

Você diz que a poesia é um refúgio. Como se dá isso em Aconchego?

É um refúgio porque permite que você se esconda da realidade da tecnicidade. Trata-se de uma leitura leve. Suave. Gostosa de se ler sem se preocupar com o resultado. Embora o resultado seja o prazer de se deparar com versos que falam de amor, ternura, paixão e todos os elementos que tocam a alma humana.

Quem ler vai se refugiar nessa caverna interna, fugindo do mundo barulhento e se voltando para a sua intimidade, o seu coração e lá, ao se encontrar, encontrará o aconchego que todos precisam. Um momento de paz interior.

 

Nos poemas do livro Aconchego, destaque dois, que chegam direto ao coração, que emocionam já nos primeiros versos.

É difícil escolher entre seus filhos. Amos todos igualmente,

Mas na página 25, o poema uma linda mulher, já diz tudo. E no poema Aconchego na página 211, sem dúvida dá a ideia do que eu quis dizer em todos os poemas.

 

E seus projetos literários? Mais algum lançamento para 2021?

Estou com um projeto há anos na gaveta, mas a procrastinação é meu dilema. Esse ano pretendo terminar um conto. Assim espero. Mas a ambição será o romance. Muitas ideias prontas há anos. Só falta coragem.

 

Por que você recomenda a leitura de seus livros?

Porque foi feito com muito carinho e verdade. Minhas poesias são leves. Sem apelações de cunho meramente sexuais. Uma poesia quase pueril.

 

Deixe uma mensagem para seus leitores.

Vivemos momentos difíceis. Homens públicos mostrando o pior do ser humano. Por isso precisamos nos proteger, agindo contra o mal, mas sem deixar que o egoísmo e a maldade dos corruptos afete nossas almas.

Busquemos na paz divina e nas boas ações um motivo para vivermos felizes, pois o amor ainda vencerá o ódio e a luz prevalecerá sobre a escuridão.

Entrevista de julho/2021NM